Mercado aquecido na concretagem

Fonte: https://www.grandesconstrucoes.com.br/Noticias/Exibir/25056

A pandemia não impediu a indústria de caminhões-betoneira de registrar desempenho interessante em 2020, nem de delinear um horizonte promissor também para este ano. Nesse mercado aquecido, o setor projeta rápido e acentuado avanço, principalmente de modelos mais leves, construídos com aços especiais e integrados a caminhões com peso igualmente reduzido, que permitem o transporte de sua capacidade total – 8 m3 de concreto – sem risco de infração à Lei da Balança.

Consolidado, esse movimento representa uma aposta das fabricantes atentas ao mercado. A Liebherr, por exemplo, passou a disponibilizar no Brasil o caminhão-betoneira Lightweight no final de 2020. “Já neste ano, esse modelo mais leve responderá por ao menos 16% de nossas vendas no país”, prevê Luis Torres, gerente da área de tecnologia do concreto da Liebherr Brasil.

Embora tenha custo de aquisição cerca de 15% acima do de um equipamento convencional, o modelo subtrai 2,5 ton de peso do conjunto. “Com isso, não é preciso sacrificar o transporte de um metro cúbico de concreto para atender aos requisitos de pesagem”, pondera Torres.

SOLUÇÕES

A brasileira Convicta também apresentou um modelo superleve em 2019, mas começou a comercializá-lo apenas no final do ano passado. Até então, como explica a diretora comercial da empresa, Suelen Prudente, havia a necessidade de homologação dos caminhões, que também contribuem com a redução do peso. “Em um prazo não muito longo, praticamente todas as nossas vendas de betoneiras deverão ser feitas com esse modelo”, ela projeta.

De acordo com ela, a betoneira superleve da marca pode ser construída com dois tipos de aços especiais: Endur ou Hardox (das siderúrgicas Aperam e SSAB, respectivamente). E, integrada a um caminhão também mais leve, possibilita redução de peso de cerca de 2,4 ton. “A diferença de preços tende a baixar, até porque, embora o aço especial seja mais caro, a betoneira leve usa menos insumo”, diz.