Tecnologia verde é alternativa para as cidades brasileiras

Dia Mundial das Cidades, celebrado pela ONU em todo 31 de outubro, visa fomentar a discussão para o desenvolvimento urbano que não agrida o Meio Ambiente

fonte Assessoria de Imprensa

Avançar na pauta de sustentabilidade é um desafio que ainda caminha a passos lentos no país.

De acordo com o IDSC-Brasil (Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades), 69,8% dos 5570 municípios brasileiros avaliados estão classificados com um nível de desenvolvimento “baixo” ou “muito baixo” nesta questão, sendo que nenhum deles alcançou o nível “muito alto” ainda. Para fomentar essa discussão, a ONU (Organização das Nações Unidas) celebra, desde 2014, em todo 31 de outubro, o Dia Mundial das Cidades. A data traz visibilidade para a busca de um desenvolvimento urbano sustentável.

Neste cenário, soluções tecnológicas verdes, que respeitam o Meio Ambiente, têm aprimorado a gestão pública desta pauta, como as desenvolvidas pelas startups Bright Cities, que oferece diagnósticos e roteiros apontando as melhores práticas para os municípios, e a Lemobs, focada em soluções de impacto para os problemas operacionais das cidades.

Ambas são aceleradas pelo programa BNDES Garagem – Negócios de Impacto, iniciativa que visa promover ações empreendedoras em todo Brasil.

Com uma plataforma que apoia gestores a elaborar planos, monitorar indicadores, comparar performances e adotar iniciativas capazes de resolver os desafios urbanos, a Bright Cities desenvolve um diagnóstico por meio de análise elaborada por uma equipe especializada em cidades e sustentabilidade, a partir de dados públicos.

“Comparamos as cidades e identificamos oportunidades de melhorias. Já são mais de 70 cidades atendidas no Brasil e atendemos também projetos nos EUA, Portugal e Arábia Saudita. A plataforma foi lançada em português e em inglês para fomentar a troca de boas práticas entre municípios, de forma global”, detalha Raquel Cardamone, CEO da Bright Cities.

Cidades Inteligentes – Segundo Raquel Cardamone, para que uma cidade seja inteligente, nem sempre é preciso uma tecnologia futurista, mas sim ter o propósito de transformar vidas. “Quem já não relacionou o conceito a carros voadores, entregas com drones, ou mesmo inteligência artificial ao tema? A tecnologia é um meio importante para entregar serviços mais eficientes e eficazes e assim aumentar a qualidade de vida das pessoas. É preciso ter em mente que as smart cities são possíveis de serem atingidas por qualquer tamanho de cidade e carregam um significado muito além da tecnologia. Em uma Cidade Inteligente, o cidadão é quem ocupa o centro do debate”, acredita.

Já Rodrigues acredita que mais do que pensar em soluções inteligentes e sustentáveis, é preciso focar em alternativas inclusivas. “Elas precisam entregar benefícios para a sociedade e para o meio ambiente e deve haver a preocupação de não deixar nenhum público desassistido. Entendemos que as tecnologias devem facilitar o acesso aos serviços públicos e aproximar o cidadão da administração pública e não o contrário. Só assim se atinge uma melhoria da qualidade de vida, em termos práticos”, finaliza.